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Parque Histórico retoma o atendimento presencial na Casa da Memória

O espaço museal ficou fechado para visitação cerca de 1 ano e 3 meses, para retomada do atendimento um dos protocolos seguidos será a limitação de público no ambiente


Imagem do museu do Parque Histórico
Museu ficou fechado desde o início da pandemia

A Casa da Memória é um antigo estábulo datado de 1946, foi a primeira ala museal do Parque Histórico de Carambeí, devido à pandemia fechou para visitação no mês de março de 2020 e nesta terça (8) retornará com o atendimento ao público. Para retomar as atividades presenciais neste ambiente serão aplicados os protocolos sanitários que são utilizados no Parque Histórico para prevenção ao contágio do COVID-19, entre as normas adotadas uma delas será a limitação de pessoas no ambiente.


O Parque Histórico retornou com o atendimento ao público em setembro de 2020, seguindo decretos Estadual e Municipal precisou fechar em alguns períodos, mas a Casa da Memória foi o único ambiente que permaneceu fechado.


O coordenador e historiador do Núcleo Educativo do Parque Histórico, Lucas Kugler ficou animado com o retorno das atividades presenciais na ala museal. “A reabertura da Casa da Memória é simbólica pois reflete o tempo em que o museu esteve fechado, onde a equipe buscou se aprimorar internamente para repensar a sua prática museal em tempos de pandemia. De forma segura, o seu retorno é uma abertura para novos sentidos e horizontes”.


Para visitar a Casa da Memória a entrada é gratuita e o horário de visitação segue o de atendimento nas alas museais Vila Histórico e Parque das Águas de terça a domingo, das 10h às 17h. A construção que abriga parte do acervo do museu divide espaço com o Koffiehuis Confeitaria e Restaurante e com o Souvernirs do Parque Histórico que possuem horário de atendimento diferenciado de terça a domingo, das 10h às 19h.


Sobre a Casa da Memória

Para celebrar os 90 anos da imigração holandesa em Carambeí a comunidade fundou a Associação Parque Histórico de Carambeí e em 2001 inaugurou a Casa da Memória, que foi a primeira ala do museu. Para estruturar os cenários foi necessário a ajuda de muitas pessoas que doaram objetos que pertenceram aos seus antepassados, itens que auxiliaram a compor as exposições de longa duração e contar a história da imigração holandesa em Carambeí.


“A Casa da Memória foi a primeira aula museal do Parque Histórico de Carambeí. Quando inaugurada, a sua cenografia assim - como a sua expografia - foram pensadas para contemplar a trajetória da imigração holandesa em Carambeí, trabalhando aspectos da religiosidade, educação, trabalho e sociabilidade na colônia. Atualmente, diversas exposições já passaram por essa ala, incrementando os recortes ali trabalhados, como gênero, tradição memorialista da comunidade e outros recortes étnicos além da imigração holandesa”, comenta Kugler.


Fernanda Hrycyna, integrante do corpo técnico do Núcleo Educativo, ressalta a importância da Casa da Memória que fica em uma antiga edificação que é de grande representatividade para a comunidade.


“O antigo estábulo, construído em 1946 foi adquirido pela Associação Parque Histórico de Carambeí para abrigar o acervo. Assim como as peças escolhidas para apresentar o patrimônio cultural da comunidade, o antigo estábulo é representativo da cultura colonial de Carambeí. Considerado patrimônio por expressar e preservar a identidade das famílias que começaram a chegar em 1911 e aqui desenvolver atividades relacionadas à lida com o leite e produção de laticínios, o estábulo construído foi inspirado na arquitetura de estábulos erigidos em território neerlandês. A construção em alvenaria possui dois pisos: enquanto no piso inferior eram abrigados os animais (cabia até 100 cabeças de vacas), no piso superior eram realizados alguns eventos festivos, consistindo em espaço de trabalho e sociabilidade”.


Atualmente a ala museal abriga exposições de curta e longa duração, como relata Fernanda. “A Casa da Memória guarda, preserva e apresenta exposições de longa e de curta ou média duração. As exposições de longa duração compreendem a maquete, a exposição “A Prática Leiteira”, o “Espaço da Memória Feminina”, a “Casa do Imigrante”, a “Igreja/Escola” e a “Venda dos anos 30- Sorgenfrei”. Abriga a mostra fotográfica “Alegorias da Memória: os desfiles comemorativos na colônia” e estreia a exposição “Indonésia: a presença oriental em Carambeí”.


O historiador finaliza falando da representatividade da construção para a formação do museu. “Além do prédio (antigo estábulo da família de Geus) ser considerado um patrimônio material da cidade, ele também atua como um testemunho histórico da trajetória do museu que passou por diversas transformações, desde a construção de novas alas museais como a Vila Histórica e o Parque das Águas, à inserção de uma equipe técnica que constantemente trabalha para adequar a instituição aos preceitos da museologia”.

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